Azeite de Oliva, Óleo de canola, Óleo de girassol, Óleo de milho, Óleo de soja ou manteiga, o que escolher para sua alimentação?
Falando um pouco mais sobre as gorduras presentes na nossa alimentação coloco aqui as diferenças entre algumas delas do ponto de vista nutricional e seu impacto a saúde.
Já para começar explico que quanto ao valor calórico elas apresentam praticamente o mesmo, visto que todas são 100% gordura e cada grama de gordura apresenta 9 Kcal/g. O que vai fazer diferença é a forma bioquímica de cada uma e o impacto que essa forma bioquímica traz ao organismo.
Para que fique mais claro vou começar explicando sobre os tipos de gordura. São 3 tipos: Gorduras Saturadas, Monoinsaturadas e Poli-insaturadas.
A Gordura Saturada em sua maior parte está nos alimentos de origem animal e é normalmente acusada como prejudicial à saúde. Digo que existem exceções, mas vou tratar disso em um próximo tema. Ela acaba sendo mais prejudicial, pois é a responsável pelo aumento do colesterol ruim, proporciona acúmulo de gordura na parede das artérias e no fígado, e também aumenta os riscos de doenças cardíacas. Das gorduras que estamos levando em consideração neste texto é a Manteiga que se enquadra nesta família. Existe uma necessidade desta gordura, mas recomenda-se que as gorduras saturadas não ultrapassem 7% do total de calorias ingeridas diariamente.
A Gordura monoinsaturada é queridinha. Estudos recentes demonstram que uma dieta rica em gordura monoinsaturada reduzem as concentrações de colesterol LDL e riscos de doenças cardiovasculares. Ou seja, se consumida de acordo com as recomendações apresenta efeitos benéficos sobre a saúde. Dos óleos citados acima é o nosso maravilhoso Azeite de Oliva que entra nesse grupo, por isso que os profissionais de saúde o vangloriam tanto, pois realmente ele apresenta um papel medicinal.
A Gorduras poli-insaturadas são gorduras consideradas essenciais para a manutenção da saúde. O poder para saúde dado a ela é porque ela é rica em Acidos graxos essenciais que são os famosos Omegas, 3, 9, 6, 7 e fundamental para manutenção das funções orgânicas. Entram neste grupo os óleos vegetais como canola, milho, girassol, soja que são muitas vezes condenadas como ruins, só que na verdade eles são mesmo bem importantes e devem estar presentes na alimentação.
Então em se tratando de todas as gorduras citadas aqui a manteiga é que seria a vilã, isso se for consumida em excesso, um pouco por dia junto a uma dieta balanceada não faz mal a ninguém. O que é preciso evitar é aquecê-la por demais, pois ela apresenta um elevado índice de fumaça, ou seja, se torna rica em toxinas rapidamente com o calor. Portanto evite cozinhar com manteiga. Se quiser utilizar em um prato específico coloque-a mais ao final da preparação para que ela não atinja temperaturas muito elevadas.
E quanto ao azeite para cozinhar? Tudo bem, ele é mais resistente ao calor mas também sofre alteração se for super aquecido, portanto evite deixá-lo lá borbulhando pois nesse caso substancias tóxicas também serão produzidas.
Já os demais óleos devem fazer parte do dia a dia. Muita gente exclui os pobrezinhos, mas eles são necessários. Minha recomendação é que utilize estes para cozinhar, também sem super aquecer, rodiziando os tipos para variar bem, pois cada um apresenta uma particularidade em ácidos graxos essenciais, os omegas.
Espero ter ajudado um pouco. Falar sobre as gorduras é um tema amplo que dá para fazer um livro. Prometo entre meus textos colocar sempre informações sobre elas, pois são importantes e necessárias a nossa saúde.
Débora Sorgi – Nutricionista Funcional
Foto: Cozinha vibrante
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